Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2025

Destruída

Algumas dores que sentimos não tem muita explicação, nós só temos a dádiva de senti-las o mais profundo que podemos, mesmo sem querer. Porque toda dor nos ensina alguma coisa. As vezes acho que meus momentos de felicidade me ensinam mais do que meus momentos de tristeza, porque como border que sou, a estabilidade emocional é um sonho de consumo. Sempre me questionei porque eu não conseguia ficar muito tempo feliz, desde mais nova, na adolescência ainda. Com o diagnóstico, muita coisa ficou clara, mas o sonho de ser feliz sem saber que pode acabar daqui 1h ou 1 dia, sempre esteve no meu coração. Essa semana mesmo eu fiquei bastante alegre, me permiti muita coisa: tomar iniciativas, ser ousada, fazer ligações, rir, fazer umas piadas, mas no fim do dia meu tapete foi puxado... E eu sei que a realidade dói, mas não pensei que um choque de realidade fosse tão grande a essa altura do campeonato, quando eu já senti tantas dores físicas. Quando a dor vem de dentro pra fora, é bem pior, o corte...

Maturidade

A maturidade vai deixando a gente mais frio, seja pra chorar ou pra assumir os erros. Antes eu chorava quando errava; hoje eu reconheço meu erro e o reparo, caso possa. Não existindo uma forma de remediar as coisas, o que me sobra é seguir a vida e ter humildade de tentar não errar mais. A maturidade nos leva pra longe dos problemas, pelo menos os que eu consigo ver: pessoas, situações, ambientes tóxicos e até mesmo os lugares que eu considerava acolhedores. A maturidade já me tirou da fossa e também me poupou de me colocar do mesmo buraco que já saí, e mesmo assim ainda tenho que ficar relembrando de fatos ruins pra não voltar até lá. Aqui vemos uma situação em que só a maturidade não é suficiente. Prossigamos. A maturidade já me deixou sem sentimento algum, e por mais que eu já tenha dito em alguma situação que isso era culpa do antidepressivo, sinto muito, não era só ele. Tinha alguma parcela das tantas vezes que já passei pela mesma ocasião, ou percebi que não me cabia mais ali: nã...