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Mostrando postagens de dezembro, 2022

O "eu te amo" que nunca disse

Mais um ano acabando. Sempre que um ano tem um 3 no final, eu sei que vai ter passado uma década e dessa vez lá vem meus 30 anos. Mas antes disso, veio 2022, o ano que eu achei que ia ser pacato, e nada de pacato teve. Talvez a expectativa seja sempre a mesma, que o ano seja mais calmo, pacífico, que eu fique mais tranquila durante os 365 dias que vem pela frente pra viver, que eu tenha uma companhia que goste de mim e que eu possa retribuir esse sentimento. Entretanto isso não costuma acontecer comigo. Falta aceitação de algo que eu nunca vou aceitar: a vida ter seus caminhos tortos e eu me perder de pessoas que gosto muito. Durante 2022 eu tive pessoas que gostei por perto, pessoas que gostaram de mim e quis pessoas que não gostaram de mim, as quais eu mesma tive que tomar a decisão de deixar para trás, pelo simples fato das pessoas ultimamente serem acomodadas em ficar onde há sentimentos por elas, sem se preocupar em retribuir o que recebem. Ao menos isso eu me orgulho de mim, sabe...

Meu castelo animado

Eu lembro quando assisti O castelo animado pela primeira vez. Não tinha lá aquelas perspectivas todas, mas já havia visto pessoas que gostavam muito e consequentemente tinham grande afeição pela obra. E que obra. Quando vi a Sophie, pude me reconhecer um pouco nela, principalmente quanto a achar que a vida ser a personificação de um mar calmo, por ser monótono e uma rotina que não meche com suas tarefas. Mas como no filme, as vezes a minha vida decide virar de cabeça pra baixo. Não é bem uma bruxa que aparece, mas são coisas que acabam sendo um feitiço que transforma qualquer mar calmo em tempestade. A minha paz, acaba sendo encontrar o meu castelo animado.  É incrível que até mesmo quando a Sophie se torna uma velhinha, a gente se parece. O jeito que ela zela pelo castelo do Howl, como tenta agradar as pessoas da nova convivência dela e as características meio anciãs. Até os cabelos brancos que estão nascendo... Pareço com ela. Vez ou outra existe um senhor cabeça de nabo que me c...

Vagalumes para você

Eu vejo a rua vazia, enquanto só eu e minha cachorra temos nosso momento juntas. As janelas do condomínio em construção refletem as luzes ligadas e até mesmo a Lua, quando ela decide dar o ar da graça por aqui. Os dias têm sido tão quentes ultimamente, que eu fico transitando entre a cama e o sofá tentando dormir. É praticamente impossível saber quando essa confusão climática vai passar. O fim do semestre está beirando os próximos dias, as vezes parece que chega o natal mas não chega o fim do semestre. Talvez seja porque nesse semestre aconteceu tanta coisa que ele diz "deixa eu ficar mais um pouco pra você lembrar das coisas boas".  Não é novidade pra ninguém que sempre há algum momento de cada semestre que meu sapato aperta, as lágrimas descem, meu coração parece uma latinha amassada no calor do momento e é como se tivessem entrando inúmeros objetos perfurocortantes na minha alma, que eu nem posso tocar mas sinto uma dor por dentro que não sei de onde vem. As crises. Nisso ...