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Mostrando postagens de julho, 2020

1 semana

Se eu achava que o bater das asas de uma borboleta poderia ocasionar um furacão no Japão, imagina passar 1 semana com alguém que eu mal conhecia em casa, compartilhando de toda a minha rotina de quarentena e da minha real personalidade. Sim, caros telespectadores, foi o que aconteceu comigo nessa última semana. Ed voltou, e quis voltar como a pessoa que impressiona na minha vida. Acho que ele conseguiu porque eu nunca havia conhecido alguém assim, capaz de me fazer mudar os planos afetivos que eu tinha. Vez ou outra eu sei que a vida tem dessas, apronta com a gente e as vezes só depende da gente aceitar essa oportunidade. Como eu considero essa "estação passageira" como um breve fim de mundo pra mim, por que não aceitá-lo em casa? Foi o que fiz, e o que fiz de melhor. Fizemos de tudo um pouco: conversamos, roncamos. eu babei feito uma condenada, expus ele pra algumas várias pessoas nas redes sociais e fiz ele conversar até com os poucos amigos que tenho. Ele me apresentou a f...

Apocalipse

As vezes me pego pensando se só eu tenho pensamentos malucos a ponto de me deleitar por horas a fio me dedicando à eles, em tempo de enxergá-los acontecendo na minha frente. Nãos sei se esse fato é comum entre algum tipo de população fora a carente, que sempre está em busca de melhorias; a maioria dos pais e mães carentes são bem realistas com os filhos, mas se em algum momento perguntam pras crianças o que elas desejam para o futuro delas, instantaneamente elas dizem "uma vida melhor pra mim e pra minha família". Já me perguntei algumas vezes o que seria uma "vida melhor", fora pagar as contas fixas mensais, fazer supermercado na metade do mês, olhar cada idem, procurar o que tá mais barato e ao mesmo tempo que esteja num bom estado e quando chegar em casa, limpar toda a mercadoria com álcool 70% pra depois consumir. Deve existir vida além das nossas obrigações, seja a de dona de casa, de mãe de pet, de universitária, filha mais velha ou de pessoa flagelada de prob...

Blusa xadrez

Há alguns dias relutei para não escrever sobre isso, mas vendo a porta do guarda-roupa entreaberta, como costumo deixar ultimamente antes de dormir, foi inevitável pensar novamente nesse assunto. A quarentena mexe mesmo com a cabeça da pessoa, fisicamente, psicologicamente e até nostalgicamente. Andei vendo as roupas do meu guarda-roupa pra ver se tinha alguma mofada, porque estão há muito tempo sem usar e me deparei com aquela blusa xadrez azul bem fofinha que minha mãe me deu há 1 ano.  Eu tinha em mente em usar ela durante um encontro importante ou divertido, para que eu pudesse me distrair e aproveitar o momento da melhor maneira possível a ponto de esquecer todos os problemas que me afligem, toda a ansiedade que as vezes fica acumulada e escondida em cada brecha de músculo ou veia dentro de mim.  Aquela blusa era bonita demais pra ir ao hospital naquele dia infeliz. Eu sei que ela é simples, que pode ter sido barata, mas não me preocupo. Eu tinha planos pra ela, planos me...

Inverno

Hoje de manhã eu acordei com o céu completamente sem nuvens na janela e aquele friozinho de andar enrolada pela casa com o lençol. Falei com a minha mãe e a única frase que ela me disse ficou na minha cabeça: "É inverno mulher. Clima frio e seco.".  Isso me faz pensar que toda época do ano é assim, o que não é normal é a gente sentir tanto como estamos sentindo agora, porque estamos (alguma parte das pessoas, ainda) confinados em casa. Nesse caso, a gente sente mais o vento frio, vê o movimento do sol e consequentemente quando o calor aumenta. Em resumo: isso sempre aconteceu mas a gente na correria diária não parava pra perceber, a maioria das pessoas passa o dia em locais com ar condicionado ou no calor (frio demais ou quente demais por andar em ritmo frenético e acúmulo de pessoas em ônibus). Acho que só uma desgraça dessa mesmo pra fazer a pessoa parar pra analisar o que tá à sua volta e as vezes nem isso ela faz. Comigo tem sido bem mais que isso. Eu andei sumida porque ...