Sobre a morte
Quando chegamos à vida, a um plano terrestre, raramente sabemos o que viemos fazer aqui. Eu mesma lembro que quando era criança caminhava pelos batentes do mercado central da minha cidade natal e pensava "de onde eu vim?" ou "o que eu vim fazer aqui?". Mas por ter pouca idade e ter poucos recursos para uma pesquisa mais aprofundada, eu não tinha resposta nenhuma e o que me restou foi o óbvio: viver. Com o passar dos anos, eu via certas coisas acontecendo, sentimentos surgindo, algumas indagações estranhas na minha cabeça e uma dificuldade de expressar os vários sentimentos que eu sentia, principalmente os negativos. E eu fui ficando deprimida, retida, e vieram aquelas vontades de qualquer pessoa que se sente sozinho (mesmo rodeado de pessoas) tem vontade de fazer: sumir, ou morrer. Talvez tenha sido nesse momento a primeira vez que pensei algo que poderia ser lógico naquele momento e que eu já havia ouvido falar por outras pessoas ao meu redor, mas não tinha absorvi...