Não posso, mas quero.

Quero morrer...
A última semana tem sido de infelicidade, um dia após o outro e sinto que não tô conseguindo mais esconder. Já não consigo ver o borderline nisso, e sim um estado completo de depressão. O meu corpo dói, o meu peito dói, a minha cabeça dói e eu não consigo pensar direito sobre mim mesma, sobre o que vou fazer amanhã, sobre o que eu devo fazer amanhã devido às minhas obrigações, e a minha maior vontade é de abandonar tudo e sumir. Não sei exatamente se isso é a falta do remédio ou se é a influência dos humanos ao meu redor. Quando eu falo dessa forma, parece que eu sou uma pessoa anormal, extraterrestre, mas quem tem sentimentos assim como eu tenho e sinto as coisas como eu sinto, não vejo outra forma de me caracterizar a não ser sendo uma pessoa de outro mundo. O que eu mais queria nesse exato momento, era sentir carinho. Uma mão afagando o meu rosto, um abraço forte que me acolhesse e me desse segurança; palavras de conforto, palavras que me dão certeza de que tudo vai ficar bem, vindas de pessoas que não estão na minha vida para me machucar, mas sim para me ajudar a curar tudo que tá doendo dentro de mim.
Tenho me sentido doente. Ao primeiro sinal de uma crise de ansiedade, começo a ficar vermelha; boa parte do meu corpo parece ser tomada por uma alergia. Talvez seja uma alergia desse sentimento que só me causa dor. É uma sensação de completa inutilidade. Ser um ser humano com uma ferida constantemente aberta me deixa vulnerável e sem saber o que fazer.
Hoje eu acordei, mas eu não queria ter acordado. Sinto o choro preso na minha garganta, no meu esôfago, no meu estômago e em todos os órgãos que compõem o meu corpo. O que eu mais queria, é que hoje eu deixasse de existir para esse mundo e começasse a existir para algo bem maior, que valorizasse tudo de bom que eu tenho, seja sentimentos, a minha boa vontade e a sensação de paz fosse constante. Minha esperança é de que tenha um mundo que não exista dor e que as pessoas que eu amo não me machuquem...
Hoje seria um dos dias que se alguém tentasse me assaltar, eu reagiria, com a intenção de tentar me salvar dessa dor que me dilacera. Existir está doendo muito, eu quero chorar e ao mesmo tempo não aguento mais, porque o choro vem carregado de angústia, tristeza, incapacidade, insuficiência, sensação de ser enganada, de ser traída, de ser julgada, de não ser entendida, nem compreendida e até pior, ser debochada...
Peço desculpas a todos que eu amo, mas hoje a morte seria mais suave pra mim.

Assinado, Joice.

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