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Mostrando postagens de junho, 2025

Hysteria

Sempre quando ouço essa música, lembro de tempos remotos da minha vida, onde eu toquei o foda-se e aproveitei a vida como nunca tinha me permitido antes. Lembro das vezes que saí em busca de algo que preenchesse o vazio que me faltava, de quando eu fiz vários piercings que jamais pensaria em fazer e até de quando fui à barzinhos assistir cover de bandas que conhecia e até que não conhecia também. Tudo em busca de algo, de alguém, de algum motivo para me manter viva. Ou me sentir viva. As vezes vejo que esse estilo de vida é infeliz, e não é a toa porque já ouvi relatos de pessoas que vivenciaram essa fase comigo e a gente pensa "naquele tempo eu tava perdid@". Sabe o que é mais engraçado? Foi pouco tempo antes da pandemia, e realmente parece que as pessoas já se encontravam com o "sensor de direção" meio abalado, procurando motivos pra sair, pra ser feliz ou pra demonstrar o mínimo de alegria que fosse e tirar aquela selfie, gravar um story e se certificar que o mun...

Kessya casou

E no meu íntimo, sei que um dia também serei eu. Conheci a Kessya por um "acaso": estava ficando com um rapaz o qual ela já tinha namorado e cá pra nós, foi um péssimo namorado pra ela. Futuramente eu ia perceber que ele era péssimo pra mim também. No começo ela não se identificou com o nome dela, mas eu sabia que era ela e como mulher, fiquei curiosa pra saber o porquê ela tinha ido ver minhas redes sociais, ou ao menos o que eu postava, principalmente quando usou um perfil alternativo que não dizia o nome dela. Sei lá, o meu instinto sentiu que ali tinha alguma coisa. E tinha, várias coisas. Kessya se desculpou por ter fuçado meu story naquele dia, mas se eu pudesse dizer algo pra ela hoje, era um sincero "obrigada por ter ido ver meu story naquele dia". Isso me salvou, com toda certeza. Ela me contou que as pessoas nem sempre são o que parecem ser e eu pedi pra ela ir direto ao ponto. Ela me contou que foi agredida pelo meu então ficante, ex-namorado dela. Que el...

Sumiço por sumiço

Dei umas paradas na estrada, talvez pra olhar mais a paisagem e me situar na vida. Deixei pra trás alguns comportamentos, algumas dúvidas e outras indagações vieram de encontro ao meu eu, com um foco maior em mim do que em qualquer outra pessoa. Se fosse uns meses atrás, talvez eu considerasse isso um ato de egoísmo, contudo o meu GPS interno deu uma regulada, dando um sentido diferente nos meus caminhos. Esse último mês foi tão corrido que nem lembro a última vez que parei pra escrever algo que eu sinto. O que lembro é que cheguei a escrever no papel, não tanto como gostaria, mas escrevi. Tento sempre deixar esse meu costume vivo, pra que não se perca como já se perdeu algumas vezes. Voltei aos costumes de Joice de 20 e poucos anos que quando encontrava um pedaço de papel, começava a riscar, a pensar, a anotar qualquer coisa que viesse à mente. E nisso eu fiquei pelos papéis. Fiquei pelos papéis, pelas sessões de terapia, pelas críticas diárias e esforços no trabalho. Fiquei pelo está...