Clube dos 27

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Mal entrei e já tô querendo ficar pra sempre kkkk
Bom dia, boa tarde e boa noite, queridas e queridos. Hoje eu vim contar pra vocês que depois de 1 mês no famoso Clube dos 27, já tô com vontade de montar meu acampamento fixo. Isso mesmo... Eu já tinha ouvido falar sobre a crise dos 30 mas esses dias eu tava me sentindo meio vulnerável com alguns sentimentos e ontem eu tive meio que um ápice. Aqueles momentos de choro descontrolado, onde o passado pesa de novo na bagagem e vem a tona os fracassos que eu já tive (e consequentemente sigo tendo) ressurgem na beira da praia que é essa minha vidinha (de merda), é disso que eu tô falando.
Conversando com um amigo meu hoje, ele me surge com aquela pergunta "eita, tava demorando nera?" e de fato ele tem razão. Como F41 que sou, tomando os remédios que tomo, tem sempre algum momento que a gente tem uma crise (e acredito que aqui no blog eu já tenha externado isso). Mas dessa vez, até que demorou e eu tenho que admitir. Mês passado a grana ficou meio curta, então não deu pra comprar os remédios que eu precisava, ocasionalmente eu fiquei sem alguns remédios e agora acho que tô sentindo o baque (quem sabe né?! vou saber na próxima consulta).
O que eu tenho a dizer sobre essa nova crise e o Clube dos 27 é que eu não sei se a partir de então, na nova idade, se eu tenho alguma expectativa diferente de 1 ano atrás. Eu falo isso porque a única coisa que eu planejava na vida desde então, desde que as coisas ficaram super aleatórias e só tinha a faculdade e a saúde psicológica pra cuidar, era me formar e ter uma estabilidade emocional/mental para que tudo que eu fosse fazer pudesse ser "apreciado" por mim de uma forma mais calma, paciente e que eu tivesse mais fé que as coisas que tem probabilidade de dar errado, dessem certo. A pandemia esse ano lascou comigo na faculdade, o orientador do TCC inclusive mudou completamente a rota da minha pesquisa (e de outros 2 colegas que estão no mesmo projeto de bolsa que eu) e desde então eu venho pensando "como vou fazer pra acabar esse curso, MEU DEEEEUS?"
Eu sei que talvez não seja tão difícil quanto eu sinto que pode ser, mas agora eu tenho mais um ser humaninho pra cuidar aqui em casa. Sim, telespectadores, eu adotei uma cachorrinha. Meus pais adoraram a ideia porque dizem que eu não vou estar mais sozinha em casa, a questão é que ela veio bebê DEMAIS pra cá e isso tá me tirando do sério, literalmente. Ártemis (the dog) chora querendo atenção, querendo companhia, morde tudo que vê pela frente, incluindo mãos, pés, chinelos e cabos de eletrodomésticos. Minha mãe passou 1 mês aqui (de férias) e enquanto ela tava aqui, até que eu conseguia dormir um pouco, porque ela me ajudava. Entretanto, ela foi embora semana passada e a Ártemis já tá f*dendo com minha paciência, coisa que eu não gostaria que acontecesse, mas né... 
O fato nem mais nem menos importante vem agora: Esse final de semana eu senti algumas lembranças de relacionamentos afetivos do passado voltando até mim e isso não foi nada legal, porque lembrei de planos que já não se encontram mais na minha lista e também lembrei de pessoas que fizeram com que eu modificasse meus planos de vida (e que hoje eu não sei mais se penso que vá dar certo). Isso tá pesando em mim até agora. Sabe qual minha sorte? Amanhã, depois de quase 1 mês sem psicoterapia, vou ver a Sibele *-* espero que ela não se assuste com o tanto de coisa que eu vou falar, acho até que me saí bem sem terapia enquanto minha mãe tava aqui (apesar da energia pesada que a casa fica quando ela e minha irmã vem). Eu só queria ter mais perspectivas de vida, mas as vezes tenho impressão que a única coisa que eu quero é concluir o que já comecei e depois seja o que Deus quiser. A parte do "seja o que Deus quiser" varia entre sumir no mapa, encontrar um emprego qualquer em uma cidade qualquer e começar uma nova vida num lugar desconhecido ou simplesmente abandonar tudo.
Acho que alguém que me lê já se sentiu dessa forma, então... nada mais a declarar né pessoal?!
Caso contrário, o Clube dos 27 sempre tem espaço pra mais um ficar e não sair mais.


Assinado, Joice.


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