Começando tudo literalmente novo.

-
Hellow pra você que achava que eu tinha sumido. Eu realmente sumi, mas apareci porque enfim estou viva. Os últimos meses do ano de 2021 foram bem corridos, cansativos, pesados pro meu psicológico e consequentemente pro meu físico. 
Eu passei os últimos 6 meses trabalhando em um estúdio de fotografia e agência de marketing digital e agora fui demitida. Sem problemas (entre aspas) pra mim, porque eu vi a situação financeira deles se complicando e sabia que uma hora isso ia acontecer se nada mudasse. E nada mudou, só piorou. No primeiro dia útil de 2022 recebi minha dispensa. O que eu posso dizer é que foi bom enquanto durou, de verdade. Antes disso eu pude usufruir de férias compartilhadas, fiquei de folga por umas 2 semanas em casa, fazendo vários nadas e até mesmo fazendo algumas coisas, como passar mais tempo com meu namorado e meus pets. Dormir até tarde? Jamais, meu relógio adulto e biológico não deixam mais eu falhar, nem mesmo nas folgas.
Viajei pra ver minha família e quebrei o jejum de levar namorado na casa dos pais, depois de 7 anos. Eu não sei se meu namorado sabe a importância que isso significa pra mim, porque eu tive outros namorados antes dele e não cogitei em momento algum levar eles pro interior porque eles não me davam firmeza de que o namoro ia progredir o suficiente pra arriscar essa "exposição", apesar de que ele tenha os problemas dele. Foi boa e rápida a viagem, só meu pai que continua o mesmo alcoólatra de sempre, mas acho que não é algo que cabe eu julgar, cada um tem seus defeitos.
Não sei o que vou fazer daqui pra frente, fora mandar currículos e esperar que alguma coisa aconteça. Adquiri muitos conhecimentos lá na agência e por isso sou grata demais, seja com a correria ou a escrita ou as fotos que aprendi a tirar, equipamento que aprendi a mexer e montar. Em momento algum deixei de ser eu lá dentro, acho que foi um dos trabalhos que eu mais pude ser eu, mas quando foi chegando no final senti um peso que não era normal, um cansaço que só me fazia mal. A minha terapeuta sabe bem o que aconteceu e não é algo que eu ache legal expor aqui, mas não foi nada de richa entre pessoas lá dentro, condiz mais com o que eu sou e com minhas expectativas, meus conhecimentos e o que me foi proposto e o que foi exigido além.
Eu sei que provavelmente ninguém vem aqui ler minhas coisas, mas é sempre bom lembrar que se existe fim, é porque algo novo vai começar e é com fé que eu acredito que coisas melhores, bem melhores virão. 
Quer um exemplo? Enfim a especialização em geografia saiu, eu até pedi dinheiro emprestado pra minha mãe pra me inscrever (isso antes de me demitirem /rindo de nervoso). Agora não sei bem como vou fazer pra garantir o pagamento dos estudos mas como diz minha mãe, Deus proverá tudo. 
Falando em Deus, acho que eu e Ele estamos em um relacionamento muito bom e o curso de espiritismo do GEPE me fez muito bem, coisa que eu não esperava porque quando tentei me inscrever foi um STRESS tremendo, em caixa bem alta. Mas deu certo e o próximo curso vem aí, eu gostaria muito de poder trabalhar no centro espírita e vou ver se consigo mais uma vez conciliar essa nova fase do curso. Como cada um tem suas lutas, eu vou seguir com as minhas e é bem capaz de eu aparecer mais por aqui, porque maaaais uma vez pedi dinheiro emprestado (agora pro meu pai) pra comprar um computador que prestasse (o meu lenovo tá nos suspiros finais) e ele já chegou :3 ao menos vou ter um parceirinho novo nessa nova jornada.

Feliz 2022 e #foraBolsonaro

Assinado, Joice.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

-
Esse texto não tem título.  Talvez seja o texto mais esquisito que eu já escrevi um dia. Mas tudo isso tem um motivo: Dor. Ser/Ter borderline nunca foi uma escolha. Quando recebi o diagnóstico, achei que as coisas seriam mais fáceis dali pra frente. Sinto que quando encontrei um remédio que funcionou comigo, que amenizou minhas tristezas, eu vi uma luz no fim do túnel. Mas hoje eu me vejo no escuro. Totalmente. Estou escrevendo aqui porque tentei no papel, mas minhas mãos não deixam. Ultimamente tenho tido tremores constantes, e meu psiquiatra disse que podem ser episódios de ansiedade (constantes, diga-se de passagem). Tenho andado sempre à flor da pele, como se tivesse muitos sentimentos acumulados, e se confundindo, brigando dentro de mim e na minha cabeça. Como dizia Chester, minha cabeça não é o melhor lugar para eu morar. Essa frase fica se repetindo o tempo todo na minha cabeça. Chegou a um ponto de eu tentar fazer até o que era ruim pra mim, tentando fazer a dor passar. Eu ...
Leia mais

Eu lamento

-
Mas não tenho mais capacidade de pedir desculpas por algo que não fiz. Já é claro como água, na idade que estou, diferenciar onde eu erro e onde o outro se queixa de algo que não vem de uma atitude minha, onde eu só reajo. Sei que para muitas pessoas é difícil entender a si, como é difícil entender que muitas vezes é preciso insistir na solução de um problema quando estamos normalmente, cotidianamente, fadados a aceitar a velocidade do outro, das burocracias. Sair da zona de conforto não é para todos, é para poucos e nem sempre a ira é suficiente. As vezes o senso e a calma precisam falar mais alto. Eu lamento não poder ser a solução pros problemas de tantas pessoas que estão ao meu redor. Nem sempre eu sou solução pros meus próprios problemas, então por que eu seria a solução de alguém? Eu aprendi que em diversas situações a gente tem que sair do papel de vítima e encarar os fatos: se eu tenho algum incômodo comigo, nem sempre o outro é o problema, nem sempre é o outro que causa. Uma ...
Leia mais

Menos 1 - uhuuu

-
Hoje foi meu dia de ser feliz, mesmo estando de TPM, mesmo com pessoas me aborrecendo, mesmo com piadas sem graça ao meu redor, mesmo com o motorista do ônibus indo lentamente pela Paulino Rocha liberada pra engatar 50km, mesmo gastando quase R$100 de remédio, mesmo eu chorando hoje pela manhã querendo muito um abraço... Mesmo com tudo isso, hoje foi meu dia de ser feliz. Fui ao psiquiatra e enfim, depois de quase 7 anos, eu entro em desmame de um remédio. Tá longe de alguém entender esse sentimento que eu tô sentindo, mas tanto faz, tem coisas que na minha vida, só eu vou entender. Mas sabe, eu queria poder ter alguém pra comemorar isso comigo. Comecei a tomar medicamentos pra depressão quando tinha 23 anos e quando parava de tomar algum medicamento, era pra inserir outro que fosse melhor ou que causasse menos efeito colateral, ou que me desregulasse menos da minha rotina diária. De lá pra cá aconteceu muita, mas muita coisa mesmo. Eu já me dopei querendo acabar com tudo, já experimen...
Leia mais