Assinado: Joice

Esse fim de semana eu ouvi do Cícero, nosso facilitador nos encontros do GEPE, que o que nós afirmamos, Deus afirma na nossa vida. Ultimamente um dos melhores dias da minha semana é o sábado, quando eu me reúno com o pessoal do curso. Essa semana foi um pouco pesada pra mim. Muita vontade de chorar, um desespero que eu nunca mais tinha sentido antes, aperto no peito, preocupação com a vida que eu tô vivendo. Cheguei a me perguntar o porquê de eu estar passando por tudo isso, o porquê de eu sentir insatisfação com todas as coisas que vêm acontecendo. Sò que nas reuniões espíritas, eu aprendi a parar e observar mais as coisas. Não tem muito o que se questionar se o que eu tô vivendo é algo que eu permito que aconteça. Senti muito sono, me senti sozinha, quis abraçar a Ártemis e só dormir. E sim, a maioria do tempo "livre" que eu tinha, acabei dormindo. Mal chegava em casa já me batia um sono sem muita explicação, porém tinha explicação, era cansaço do dia-a-dia mesmo. Ainda nã...

Hoje a Ártemis me acordou, mas não foi de uma forma qualquer. Era minha mãe que já tava na porta de casa às 6h. Eu esqueci de falar que ontem eu tive uma crise de espirro do demônio ontem e hoje acordei completamente dolorida. Tinha planejado uma mensagem pra mandar pro meu chefe dizendo que ia ao médico pra ver o que eu tenho, se é só um resfriado ou fazer teste de covid mas decidi não ir, só seguir minha vida mesmo. Eu vi as caixas só pelo olho mágico e já me deu uma agonia por dentro. Tô me sentindo uma pessoa ruim.

Quando abri essa página, pensei em colocar o título de "saudade", mas por coincidência, a última postagem tem o mesmo nome, então até o final do que eu escrever, talvez consiga algo diferente. Tudo indica que essa semana vou sair do Clube dos 27 e eu não sei se tô preparada. Me sinto como se tivesse beirando os 18 anos de novo, achando que nos 45min do 2º tempo eu não ia mais viver. Mas acabei vivendo e consequentemente me bateu desespero. Desespero porque eu não sabia que rumo tomar na vida, eu não tinha planos pois não achava que fosse ultrapassar àquela idade e porque me sentia só, mas não de forma ruim, de uma forma costumeiramente solitária, com meus sentimentos, emoções e pensamentos que talvez nunca fossem sair da minha cabeça. Hoje eu tô beirando os 28 anos e dessa vez eu tinha planos, tinha mais planos que a 10 anos atrás e infelizmente alguns nem saíram do papel. Em alguns momentos, penso que se concretizaram mais problemas do que planos, alguns praticamente fugiram...

Eu lembro que senti teu cheiro quando abri o guarda-roupa, aquele cheiro que eu nunca mais tinha sentido. Instantaneamente me veio na cabeça tantos momentos que me marcaram e eu comecei a sentir saudades... Saudade é um sentimento que poucos sabem designar, caracterizar com exatidão, mas por incrível que pareça, um perfume é capaz de desencadear uma árvore composta de galhos de saudade. Sinto saudades. Saudade do que já fomos, do carinho que tínhamos um com o outro, o cuidado que a gente tinha em viver os momentos minuciosamente felizes, de um jeito meio inesquecível e ao mesmo tempo aproveitando tudo como se fosse só aquele dia e não existisse mais amanhã. Saudade de quando não nos víamos com tanta frequência e os encontros acabavam sendo longos porque cada um tinha que voltar pra sua casa. A gente mal se despedia e já dava aquele aceno de saudade, o coração chegava a apertar. Saudade de quando escrevíamos cartas um para o outro. Lembro que eu gravava vídeos pra você quando nos conhec...

Já é maio. Estranho como o tempo passou rápido nos últimos meses. Ontem fez 1 mês da minha formatura (que foi virtual) mas eu tava lá com meus colegas, todo mundo bem vestido pra aparecer no facebook da Uece. Dessa forma eu pude proporcionar a presença da minha família na minha formatura e até alguns amigos viram. Todo mundo saiu feliz nessa história. Ou quase todo mundo... Quando se encerra a cadeira acadêmica em um curso de graduação, dependendo do curso que você faz, o futuro é incerto e quando se trata do país ser o Brasil, em meio a uma pandemia superativa e com vítimas fatais todos os dias, o índice de morte aumentando e vacina que é bom não tem pra todo mundo, o aperto no coração se estende até o ânus. E comigo não poderia ser diferente. Desde que eu passei no TCC, eu me dei uma folga e no começo de março coloquei uma meta diária de mandar currículos pras vagas que se encaixassem no meu perfil de formação. Acabou que eu mandava até pra vagas de estágio, sendo que eu tava prestes...

O lock down segue na terra do sol, que nem é mais do sol porque tem chovido demais. Como diz uma música que eu nunca ouvi e nem pretendo, "são as águas de março fechando o verão" e o que se pode fazer é aceitar. O lock down e a chuva. Enfim eu me formo semana que vem, não da maneira que eu esperava, com direito a beca e capelo, aglomerado de pessoas em frente ao local de confraternização pra tirar fotos com os colegas e professores presentes. É tudo online. A vida tem se tornado online mais do que deveria, ou como previam os nossos antepassados. Meu companheiro de pandemia e eu já não temos o mesmo relacionamento que tínhamos no começo e claro, eu não acho tão estranho assim. Entretanto eu observo tudo ao meu redor e o que acontece entre nós também, se vai prosperar ou não, se temos respeito um com o outro como tínhamos antes e os planos pro futuro, que pra mim importam, já que não sabemos que rumo a vida vai tomar no pós-pandemia (o qual ainda não sabemos quando vai ocorrer,...

Eu ia escrever uma carta íntima pro meu TCC mas desisti, ele não merecia minha sensibilidade, principalmente depois que eu descobri que tudo era questão minha de ser, seja uma pessoa comprometida com minhas responsabilidades ou machucada com os prazos que eu mesma não estava cumprindo. Já se passou mais de 1 mês do dia 05/02/2021, o dia que defendi meu TCC e confesso que não foi uma das melhores pesquisas que eu pude fazer, mas para o momento foi o que pude fazer de melhor. Isso garantiu que eu pudesse vencer mais uma etapa da minha vida. Depois disso, eu nem sei exatamente que fase na minha vida começou, mas sei que até agora me sinto nessa. Depois de um tempo eu vi que o que pra mim tinha sido algo bombástico e que me causava ataques de ansiedade, depressão e pânico, passou e eu senti um vazio na minha vida. Infelizmente, parece que eu trabalho bem melhor sob pressão, não que eu não trabalhe por vontade própria mas é que eu cresci assim, na pressão da minha mãe, dos professores, das ...

Não sou muito fã de escolhas muito drásticas, aquelas que tem que abalar minha vida por um tempo indeterminado e hoje me vi pensando justamente em uma dessas: Espanhol ou inglês? Eu lembro quando fiz curso de inglês pela primeira vez e não gostava muito. Eu achava que o problema era mais o professor que não me incentivava muito, entretanto pensei novamente e acho que eu não gostava de inglês o suficiente pra aprender ou levar a sério, como eu gosto de espanhol. Espanhol eu sempre gostei e tive influência dentro de casa, porque meu pai era professor (mesmo não sendo formado) e eu me interessei bastante. Toda vez que penso no que eu vou fazer da minha vida depois que me formar, lembro da licenciatura (que eu quero muito e almejo, além de ser um desejo pessoal), de ir embora do país ou de continuar minha vida como pesquisadora, viajando por aí e experimentando de trabalhos que me liguem à geografia de alguma forma (sendo professora de escolas primárias ou de ensino médio ou de universidad...