Hey, vem aqui...

Vem, senta aqui pra eu te contar uma coisa.

Você não precisa ser a pessoa perfeita, a que nunca errou, a que não decepcionou ninguém, a que foi sempre um bom exemplo citado à mesa durante um almoço de família. À princípio, lembre-se que é bom pra você mesmo ser uma pessoa gentil. Sabe quando você sai de casa e vê aquele pessoal todo correndo, apressado e de cara amarrada? Vai por mim, um “bom dia” sincero mudaria qualquer semblante aborrecido.

A gentileza é uma virtude que anda meio escassa nos nossos dias, no mundo todo. Já pensou quantas pessoas já desistiram de dar um passo importante ou que fizesse a diferença na própria vida, pela falta de empatia ou amabilidade que os outros vêm deixando de ter? É duro. Então, por que não pensar em começar por você mesmo? Seja gentil, principalmente consigo mesmo.

Pera, deixa eu te contar outra coisa... Ser perfeito é algo utópico. Então pense pelo menos em ser uma boa pessoa, principalmente para quem está ao seu lado e lhe quer bem. Tantas vezes a gente já pensou em fazer algo só pra agradar alguém, com a intenção que esse alguém ficasse e nos admirasse, mas no processo percebemos que fomos deixando nossa essência de lado pra nos adaptar a alguém que nem se importa com a gente, por medo de nos sentir sós. Tá tudo bem não agradar todo mundo, sempre haverá alguém que estará ao nosso lado por sermos quem somos, com nossa simplicidade, sinceridade e até timidez. O gostar pelo que é de verdade, é o melhor sentimento que pode existir, é disso que nós precisamos.

E olha, pra não te tomar mais tanto tempo, lembra quando as coisas pareciam que não iam dar certo? Quando a solidão bateu forte e deu aquele aperto no peito, parecia que não valia mais a pena ser você mesmo, com seus valores, sua forma de amar, que a vida não ia ter mais nem um momento feliz, que você não ia mais receber carinho de ninguém, que ser sozinho era o destino da sua vida... lembra? Pois é, essas coisas são só momentos. A vida é feita de momentos e da mesma forma que a gente tem que desapegar da dor de uma partida, tem que desapegar da ideia que só nos resta ser triste e singular. Ok que a gente tem que se amar primeiro, ser feliz consigo mesmo, mas ser plural também é bom, não é?

A felicidade está em todos os lugares, bem perto da gente. Limpa os olhos e abraça ela, que ela te abraça de volta.

Agora vai, se não te chamo de novo pra vir aqui.

Assinado, Joice.