Cheese
Dentre todas as chances que tive de me acusar, escolhi a preservação. Não adiantaria de nada me relatar do mal súbito que meu coração vira sentindo desde o mês de novembro do ano passado, sendo que independente do meu tempo, você tem o seu. Nossos tempos são desiguais, e até agora não os vi se encontrarem.
Pra você, eu nunca deixaria de ser a colega que te encontrava vez ou outra ao transitar pelos corredores; a pessoa experiente nas relações que poderia lhe dar uma esperança de que aquela briga boba com sua namorada seria só a primeira de muitas bobeiras que ainda poderiam vir, mas que dependendo de você, não passariam de uma nuvem passageira. Quando as pessoas amam de verdade, não procuram quem é o culpado e sim a solução do problema (ou ao menos deveria ser assim).
Poderia lhe relatar as várias vezes que imaginei nossas saídas ao cinema, encontros casuais em uma parada de ônibus qualquer ou um pedaço de queijo de presente (sim, queijo).
Além de queijo, muitos gostos em comum; sonhos, planos e opiniões... Era coisa demais que não nos levaria a lugar algum. Não temos ligação nenhuma senão o acaso.
Meu querido, mais uma vez eu vejo que pra essa vida de amor, eu não funciono. Eu não existo. Somente uma telespectadora de histórias felizes que poderiam virar um livro de contos, mais um dos vários trabalhos que faço e deixo de lado por achar sem valor.
Sem valor, todas as cartas que eu mandaria e não mando por inconveniência. Ao menos encontro aqui, uma forma de deixar estendida num varal público que o que eu senti por você existiu e hoje, mais uma vez como fogo de palha, EU decidi apagar. Para o meu bem.
Assinado: Joice.
Comentários
Postar um comentário