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Mostrando postagens de 2023

Sobre o 1º FT

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A vida tem seus momentos de devaneio, e antes de dormir, lá vem eu com mais um deles. O ano letivo na escola em que comecei minha carreira de magistério está chegando ao fim. Na verdade, hoje foi o último dia letivo e enfim, eu escolhi não ir até lá ver todo mundo. Acho que ia chegar lá e me sentir um peixe fora d’água, em um aquário onde talvez não fosse mais meu lugar. Mas eu iria, só pra ver os meus meninos, só pra ver o meu 1ºFT. Nesse momento passa um filme na minha cabeça... É bem provável que eu não consiga participar da vida de todos eles como eu gostaria de participar. Eu queria, mas não posso. Talvez nem todos gostem de mim como eu gosto de cada um, e tudo bem. Cada ser humano nasce com uma missão e acredito que enfim, no auge dos meus 30 anos, eu tive mais certezas do que nunca de que minha missão é lecionar. E como uma mãe tem receio de abandonar os filhos, eu tenho medo de me distanciar dos meus primeiros alunos, porque acabei criando um afeto (mesmo que mínimo) por eles, ...

Sobre minha mãe

Minha mãe veio do interior no feriado de 15 de novembro pra ficar um pouquinho comigo, e eu nunca sei bem como agradecer a boa vontade que ela tem de mexer os pauzinhos lá no interior pra vir aqui me ver. É sempre gratificante ter a presença dela aqui, mas já tivemos nossos tempos ruins, que eu era insensível e não sabia valorizar essa presença dela. Ela sempre teve a alma mais moderna que a minha, até falo pros meus amigos e conhecidos que a gente trocou de alma em algum momento. Ela é descolada, sabe usar gírias, fazer coraçãozinho coreano e agora tá na fase de doramas. Ela se tornou a Joice quando era na adolescência: acordava de madrugada pra ver o download dos meus animes e hoje ela fica acordada até mais tarde assistindo doramas. Perto desse feriado eu voltei da escola e ela já tinha passeado com a Ártemis porque eu demorei a chegar, mas tomamos café juntas e ela foi assistir os doramas dela enquanto eu tava na rede. Eu tava mexendo no instagram e salvei um post sobre 36 doramans...

Sobre depressão

Lembro que expor meu quadro depressivo não foi visto como uma boa ideia pela minha mãe. Na época as pessoas depressivas eram mau vistas pela sociedade, como se a gente tivesse com uma doença infecto-contagiosa. E de certa forma ela se propagou rápido. Não como um vírus, porém mortal. E já são mais de 20 anos convivendo com depressão, ansiedade e posteriormente, com borderline. Minha mãe conseguiu me ver como uma pessoa forte por eu ter assumido publicamente como uma portadora de depressão e com o tempo isso meio que se tornou comum, só que em níveis diferentes entre as pessoas. Já tive meus momentos críticos de depressão e até tentei tirar todas as minhas chances de melhorar, contudo consegui dar a volta por cima, sozinha ou acompanhada de algumas pessoas. Mas uma coisa é importante salientar: a depressão ainda não tem cura e talvez nunca tenha, porque afeta nosso psicológico, mexe com os nossos órgãos vitais, nossas emoções, nervos, pensamentos e agora foi descoberto o "pensament...

Sentiu que precisava escrever...

Sentou e enfim escreveu. Faz tempo que eu não paro um pouco pra escrever. Quando me dei conta, já tinha coisas demais em mente, sem conseguir colocar pra fora. Tenho a impressão que mais uma vez tô dando conta de coisas ou pessoas que não são pra eu ter tanta comoção, envolvimento, ou até mesmo apreensão por me preocupar com o que essas acham de mim. Tenho percebido mais uma vez o quanto é prejudicial pra minha saúde tentar entender as pessoas que não se abrem pra me entender também. E sabe, quando uma atitude dessa de compreensão vem só de uma parte, é complicado. Tenho percebido também que tô sentindo falta de algo, ou de alguém. Seria ousado da minha parte dizer que minha vida anda parada, porque eu mal tinha tempo pra pensar em mim e só pensava nos meus mais de 800 princesos e princesas que em sua maioria tentou o ENEM esse fim de semana. Fiquei muito contente por ver assuntos que discuti em sala com eles virando questões de prova, isso é muito importante pra eles perceberem que tu...

360° e contado.

Eu nem sou bailarina, mas minha vida deu um giro de uma hora pra outra. Completo. Esperava que os 30 fossem fazer alguma diferença quando tava bem próximo, contudo chegando em setembro nem esperei mais tanto. Tava conformada e aceitando o que o destino quisesse me trazer, mas com uma única exigência: que fosse para o meu bem. E veio. De repente. Final de mês eu tinha a semana universitária da Uece pra "realizar". Digo isso entre aspas porque não sou só eu que faço esse evento, mas eu ia participar como ninguém e como nunca tinha participado antes: ministrando oficina, apresentando trabalho oral, participando de sala interativa e outra demanda que precisassem de mim. Contudo não foi muito bem isso que aconteceu. No começo de setembro, depois de muita gente me aconselhar e apoiar a fazer uma seleção pra professor temporário, eu fiz. E olha só, eu acabei ficando com a vaga! Surprise!!! Todos os meus planos tiveram que mudar rapidamente porque eu ia começar justamente na semana u...

Depois dos 30...

Não é nenhum bicho de 7 cabeças, eu prometo. Pode até parecer um pouco pavoroso, mas depois dos 30 algumas coisas permanecem iguais, tipo quase tudo. O que muda mesmo, a princípio, são números. Afinal, é mais uma década pra conta né? Meus pensamentos se voltam todos pra uma afirmação: Eu tinha planos para concretizar antes dos 30, não fiz nem metade do que eu queria fazer mas fiz mais coisas do que esperava fazer, mesmo que não fosse o planejado. E sabe de uma coisa, isso me faz pensar de forma positiva, que o que aconteceu foi o melhor que pôde acontecer. Até acho que já falei essa frase aqui, mas não custa nada repetir porque muitas vezes a gente para pra pensar que falhou, que o que planejou não foi feito no prazo e que não tem mais chance de acontecer. Eu acho que se é uma coisa que a gente quer muito, não custa nada seguir em frente com seus planos até conseguir! Hoje começa uma semana bem movimentada na faculdade e lembro que não é a primeira vez que vivencio isso, contudo esse a...

Antes dos 30...

Vieram os 29 anos que já vivi, cheios de experiências das mais diversas situações, coisas atípicas, remédios, risos, alegrias, tristezas, depressão, ansiedade, uns princípios de ataque de pânico e aprendizados. Muitos por sinal. Eu achei que nunca ia chegar até aqui, assim como não achava que ia chegar aos 18 e quando cheguei, me desesperei. Diferente dos 18, hoje eu não tô desesperada, me sinto mais em paz comigo mesma. Vejo que o meu peso tá de acordo com meu tamanho e isso não tem impactado na minha coluna, que talvez tenha o mesmo número de parafusos a mais que minha cabeça tem. Antes dos 30, ou até mesmo dos 29, vieram muitos momentos de comparação, o que eu acho uma injustiça comigo mesma. Eu me comparar com outra pessoa, qualquer outra pessoa, é um erro. Parece clichê dizer que “todo mundo tem seu tempo”, mas no último ano eu aprendi muito disso: que eu não devo me comparar, que cada pessoa é única e isso se aplica a mim também, que eu tenho meus problemas de saúde e tenho que m...

Longe de você...

... eu sei que continuo sendo a Joice, mas contigo eu poderia ser bem mais. Ser nós dois. Os traços do cotidiano vão cansando o corpo físico, a mente e a alma. Mas ter uma companhia nos deixa mais forte. Eu sei que é difícil as pessoas admitirem isso, até ouvir isso de mim talvez seja estranho porque ultimamente eu tenho tentado ser autossuficiente. Contudo, quando a gente compartilha a vida, ela se torna mais leve, independente com quem seja. Tá, não pode ser qualquer pessoa (óbvio), sim alguém que saiba a hora de voar e a hora de pôr os pés no chão. Enquanto isso não é possível, estou longe de você... Longe de você parece que eu estou sozinha, mas sei que não. Eu posso ter suas mensagens e consigo ouvir você falando quando as leio. Você se torna mais real do que os meus vizinhos quando alteram a voz num momento de briga. É real. O que é o contato físico, quando eu posso ter horas e horas de diálogo contigo, onde fazemos nos entender a cada dia, a cada minuto que passa, e do nada o te...

Querida Sophie...

Acho que nunca nos parecemos tanto como nos últimos dias. Como você, eu tenho procurado trabalhar com o que gosto, independente de algumas pessoas já terem me perguntado se é isso mesmo que eu quero pra minha vida. E sim, é isso que eu quero, ser professora. Sei que apesar do cansaço e alguns estudantes não gostarem de estar na escola, eu consigo. Como onde você mora tem alguns momentos "pacatos", aqui eu transpasso por muitos momentos de rotina, que até tento fazer coisas diferentes mas nem sempre tenho sucesso. E quando há algo diferente, tem sempre umas sombras ruins disfarçadas de gente com boa intenção me rondando, e isso eu não sei se vou conseguir aprender a lidar um dia. Essa toxicidade as vezes acaba me poluindo... Dolorido? Não é esse bem o nome, "maçante" talvez seja o termo correto, de revirar os olhos. Sabe com que mais tenho sido semelhante a ti? Tô parecendo uma véinha, mesmo sendo uma jovem adulta. Literalmente uma senhorinha com seus hábitos próprio...

Vazio a sós, Amor à três

Tem sido presente uma sensação de vazio no meu peito. Demorei um pouco para perceber que é realmente um vazio porque há muito tempo eu não sentia isso como estou sentindo agora. Já pensei de diversas maneiras como fazer com que isso passe. Sem sucesso. E não é com compulsão alimentar que vai resolver também. Essa tarde não me deu sono, ao mesmo tempo que também não almocei. Eu pouco senti minha barriga vazia e aproveitei que tô comendo pouco para simplesmente não comer porque né, emagrecer é preciso. O mês de agosto desse ano parece que vai passar devagar, mas espero (de verdade, com força) que eu esteja enganada, afinal há muito o que fazer. Começo da semana tentei tocar e falhei; aproveitei esse tempo para cortar minhas unhas o mais curto possível,  fato que me ocasionou dor. Quando o assunto é dor, eu já senti muitas e talvez essa seja só mais uma entre tantas da minha coleção. Sentir dor não é algo que me orgulha, nem mesmo os efeitos colaterais da ansiedade, mas admito que é u...

Estado febril

Uma coisa que muito me marca quando me relaciono com alguém é o fato da pessoa me achar "quente". Mas o quente que eu falo não é voltado especificamente para questões sexuais, mas meu corpo ser quente mesmo de temperatura. Eu nunca procurei saber o porquê de ser assim e na real, isso não desperta tanta curiosidade. Talvez eu seja especial, assim como outras pessoas são gélidas ou insensíveis ou muito sensíveis e por aí vai. O que realmente me deixa atenta é o estado febril das coisas. Aquela sensação de tudo estar "morno", não só fisicamente, mas no geral. COmo se a qualquer momento eu sentisse que posso cair, seja doente, seja em melancolia, seja em dúvida de tudo, inclusive do que eu sou. Hoje me peguei ouvindo minhas músicas preferidas, tentei tocar algumas mas o som não saiu bom e até a Ártemis percebeu que algo não estava normal, não estava comum. Algo não está fluindo como deveria fluir. Eu falhei, e ultimamente sinto que venho falhando com algumas outras cois...

Mais que um talvez

Em algum lugar, eu sei que sou mais que um talvez, uma opção ou uma rara lembrança. Enquanto isso vai caminhando pelos meus pensamentos, vou aos poucos desbloqueando minha criatividade, vou pensando nas minhas próximas viagens e ansiando os próximos feriados, que estão longe, eu sei, mas estão por vir. Acho que já falei por aqui, mas enfim consegui ficar sem rede social e até escrevi em algum dos meus papéis ou cadernos que aquilo tava tão tóxico pra mim, que não sei como medir aquilo. Eu via tanta gente sorrindo e eu me perguntava o porquê de eu não ter um motivo pra sorrir daquele jeito, e esse tipo de pergunta se repetia para: vontade de sair, de beber, de ir ao cinema, de colocar os pés na calçada, de ter um namorado, de ser abraçada, beijada, mimada e exaltada por ele e enfim, ele nem existe kkk então não teria mesmo como eu manter algo daquele tipo poluindo minha vida, até porque não é meu foco. Eu acho muito fofinho quem tem alguém, não posso negar, mas sei lá, acho que o que me...

Acho que eu nasci no tempo errado

"Ninguém mais se ama Tudo aqui é de plástico" (Créditos: https://www.youtube.com/watch?v=k9ZwohK9c88) Agradecimento especial ao Pedro, minha duplinha de Psicologia Evolutiva II que compartilhou essa música que tem um pouquinho de sentimentos de Joice na letra. Afinal, quem nunca se perguntou tantas coisas e quis fazer diversas outras, quando tudo tá dando errado? Assinado, Joice.

Não adianta...

Não adianta se endividar, mudar seu jeito de ser, mudar seu cabelo, suas unhas, seu corpo, sua dieta, seus sapatos, suas roupas, seu estilo, os lugares que você anda, os livros que você lê, os filmes que você vê, as músicas que você ouve, os vídeos que você assiste, os animes que você curte, as canetas que você usa, o ônibus que você pega, as ruas que você anda, o lugar que você almoça, a pizza que você gosta de pedir, o tempero que você usa na carne, pôr mais açúcar no café (ou nem pôr açúcar), mudar de lugar pra dormir, não dormir, trocar a cor do batom, jogar as cartas que escreveu fora, gastar horas no banho, colorir mais na sombra da maquiagem, tomar mais suco ou menos suco, pensar em se mudar de apartamento, bairro, cidade, estado, região, país... Não adianta você fazer tantas coisas diferentes, ser uma nova pessoa por fora em um lugar novo, se o que tá dentro de você continua da mesma forma, se você continua se maltratando todos os dias, tendo contato com o que te fere diariamen...

Por favor, por favor

Minha mãe tá aqui e tá colocando filmes em dia. Começou a assistir "Comer, rezar e amar" e tá continuando. Parece que a moça do filme se divorciou e tá fazendo uma viagem pra Itália, e aí ela comentou algo que me chamou atenção: “Há uma ótima piada italiana sobre um homem pobre que vai ao templo todos os dias para orar a um santo. Reze para a estátua: Querido santo, por favor, por favor, deixe-me ganhar na loteria. No final, a estátua desesperada ganha vida, olha para baixo e diz ao homem: Meu filho, por favor, por favor, compre um ingresso." Se a gente parar um pouco pra pensar sobre a vida, é isso mesmo que acontece. A gente pede tanto mas pouco proporciona momentos pra que o que se pede possa acontecer, né? Nos meus momentos de introspecção, eu escrevo muito, mas não tenho pedido nada ultimamente, não com a esperança que alguma divindade leia através de capas de caderno ou bolsas que eles ficam guardados e me atendam. Eu tenho escrito pra deixar registrado momentos de...

Lua à meia-noite

Domingo não é um dos melhores dias para se escrever, e tá tudo bem. Quando domingo virou o melhor dia pra alguma coisa na minha vida? Talvez poucas vezes, raríssimas. Mas hoje eu vi a Lua à meia-noite. Não é todo dia que se acorda com disposição pra ficar na cama até mais tarde, mesmo sabendo que se tem obrigações a cumprir. Foi tanto sonho que eu tive, que é bem provável passar o resto da semana sem sonhar. O que importa é não sentir tanto peso na consciência como eu senti hoje. Não é novidade pra quem me conhece que é uma raridade eu sair de casa e parafraseando um colega de turma que eu tive no semestre passado, "eu me sinto negligente quando não estou estudando". É esse o estágio atual de "nerdice" dos nerds da geração Z? Se for, eu tô pedindo socorro porque esse sentimento é muito, muito ruim. Talvez eu não seja nada boa em falar sobre o meu estado atual na vida, se eu sou nerd ou empenhada nos meus projetos ou esforçada para captar o máximo que puder do que me...

Jorge

Minha mãe vive me dizendo que o ser humano não nasceu pra viver sozinho, que quando a gente tenta se isolar das pessoas é tempo perdido porque as nossas necessidades de contato permanecem ali. Se você busca seu autoconhecimento, não é se isolando ou entrando em celibato que vai funcionar; muitas vezes esse autoconhecimento vem carregado de partilhas com outras pessoas, novas situações vividas e a recordação de como a gente agia antigamente frente a essas situações que já vivemos no passado. Tá, você pode até falar “Joice, todo mundo tem uma forma de viver diferente”, mas se isolar não é a das melhores, eu garanto. Em meio a tantas mudanças que já fiz (apartamento, bairros, empregos, migração de curso, abandonar livros de literatura e me dedicar somente a artigos e escrita) fui construindo minhas rotinas, meus costumes próprios, minhas "dietas" e minhas companhias e foram nessas correrias que conheci o Jorge. Já digo que Jorge é um ser simples, que não é do tipo que gosta de c...

Meleth

No idioma dos elfos, amor. Nunca mais eu havia falado de amor por aqui, nem em qualquer outro papel que esteja espalhado pelo meu apartamento. Tenho tantos cadernos e bloquinhos, carrego algum sempre comigo pra onde quer que eu vá, porque a vontade de escrever é como um chamado dos céus, como um vento em dias quentes por aqui, como um espírito que clama por socorro a um médium: não se espera, simplesmente vem como um rebento, do nada e ao brotar, espera-se que se acolha. E eu acolho cada palavra como posso. Não tenho estado numa fase favorável para amor afetivo por alguém, nem tem ninguém me amando ou gostando de mim (pelo menos não tem chegado nada à mim). O coração tem estado morno, aquecido pelo café, pelo pulsar das notas tocadas nas cordas do violino e ouvidas pelos fones de ouvido.  Música sempre está presente e sempre me deixa viva, é um dos atuais significados de amor pra mim. Mas ainda sobre qualquer tipo de amor por pessoas e sobre o que ele signifique: eu sempre vou quer...

Sobre paciência

Há alguns dias eu venho ouvindo uma frase repetidas vezes... "tu é tão calma". Talvez eu nunca tenha sido tão paciente na vida, ou em outras vidas, como estou sendo nesses últimos meses e não é por comentar isso (acredito eu) que o meu nível de paciência será rebaixado. Confesso, assumo e sou testemunha de acusação de mim mesma que sim, eu era muito impaciente. Sempre fui o tipo de pessoa que queria as coisas pra ontem, me articulava pra isso, sempre pra poder ser a primeira em tudo, pra ser avaliada (e bem avaliada) primeiro e consequentemente ganhar por conta disso; estar sempre à frente de tudo e todos, pra (obviamente) ser bem reconhecida pelo que fazia. Hoje em dia eu paro pra pensar a respeito disso e vejo que me desgastei muito por conta dessas situações. A vida mudou de curso várias vezes, algumas porque eu quis, a maioria delas porque eu não quis ou planejei mas mesmo assim abracei os percursos, as oportunidades e fiz o melhor que pude, e cá estou eu, sendo paciente ...

Voltei a sonhar

É oficial: Voltei a sonhar.  Mas quando falo sonhar, me refiro quando durmo 😝 Segundo a ciência, nós sonhamos de 4 a 6x por noite e se você acha que não sonha, é porque acorda e não consegue lembrar, mas você sonha sim. Então, o que estava me acontecendo é: não lembrava do que estava sonhando. Sobre meus sonhos: nem sempre eles são normais. As vezes são só coisas que estão no meu inconsciente que ficam armazenadas, tipo cache de celular, do dia anterior ou do que acontece durante a semana e as vezes são coisas que nunca aconteceram, mas que posteriormente acabam acontecendo. Lembro que assim que cheguei em Fortaleza uma grande amiga minha tinha sonhos que estavam se tornando reais, fatos que ela sonhava estavam acontecendo e isso deixava ela um pouco assustada. Chegamos a procurar um centro espírita porque ela queria entender o que acontecia com ela naquele momento, mesmo ela não tendo ligação nenhuma com a crença espírita, nem eu mesma naquela época sabia que eu tinha alguma liga...

Quase 1 mês depois... e eu me transformei.

Eu disse que ia postar coisas semanais aqui, mas a correria não tem deixado sequer eu viver direito (mas quem se importa com isso?). Muitas coisas aconteceram na minha vida, coisas boas, memoráveis, que deixaram saudade e o melhor: lembranças inesquecíveis. Toda lembrança que fica gravada na nossa mente devia ser por obrigação somente coisa boa, ao meu ver, porque nos dias de atribulação, a gente poderia sempre lembrar de algo bom que aconteceu pra saber que sim, acontecem coisas boas e aquele momento ruim que tá acontecendo vai passar; aquela tristeza, desânimo que sou acometido é só uma fase e logo estarei bem novamente, com um sorriso no rosto por lembrar que posso viver momentos felizes como aquele que vivi em época específica, com pessoas específicas, em locais específicos, e assim sucessivamente. Como faz quase 1 mès que não escrevo, já fiz viagem de campo com as turmas do colégio, foi super gratificante poder ser mais professora por um dia na minha primeira aula de campo fora de...

Um pouco insuficiente e muito grata.

Hoje eu acordei às 3h da manhã sem nenhum motivo aparente. Não é a primeira vez que isso acontece comigo, mas nunca mais tinha ocorrido. Sempre senti que acordar esse horário era como se fosse um chamado, independente de onde viesse esse chamado. Ontem, antes de dormir, embaixo de vários relâmpagos e trovões, eu conversei com Deus. Não foi uma dessas conversas quaisquer como quando eu fico varrendo a casa ou passando pano ou quando eu reclamo da Ártemis passando na minha frente em casa. Foi uma conversa séria sobre mim e sobre nossa relação. Às vezes como filha sinto que estou em falta, pelos dons que tenho, pelas coisas que eu realmente sei que devo fazer e que muitas vezes não faço, que talvez seja por insistência minha, por querer dar uma chance às pessoas e mais uma vez quebrar a minha cara. E como toda filha eu corro para os braços do meu Pai pedindo desculpas e dizendo que eu já sabia o que eu devia fazer, mas não fiz por acreditar demais nas pessoas e dar uma chance mais a elas ...